Sessão Março 2019

19 de março de 2019 | Anf. 6.1.36 | 16:30

“De Hiparco e Ptolomeu até Fourier e Simpson”

Henrique Leitão (DHFC Ciências ULisboa)

Resumo:

A palavra “planeta” vem do grego e quer dizer “vagabundo”. Planetas eram, para os gregos antigos, uns astros vagabundos.

E eram-no porque o seu movimento, observado ao longo de dias e semanas, apresenta um comportamento muito estranho, A imagem aqui ao lado mostra o movimento do planeta Marte ao longo de vários dias, exibindo uma retrogradação, isto é, uma mudança do sentido da deslocação.

Um dos grandes problemas da astronomia grega foi desenvolver modelos matemáticos que reproduzissem este tipo de movimento. As soluções encontradas pelos gregos, muito em especial por Ptolomeu, são muito engenhosas e interessantes de estudar. O que os gregos não podiam imaginar é que, muitos séculos depois, essas ideias teriam desenvolvimentos inesperados.

Nesta palestra falaremos deste assunto, numa história que vai deste Hiparco e Ptolomeu até Fourier e Simpson.

Sessão Fevereiro 2019

19 de fevereiro de 2019 | Anf. 6.1.36 | 16:30

“Proporções na Arquitetura”

Lurdes Figueiral (Escola Artística de Soares dos Reis, Porto; APM)

Resumo:

Na nossa cultura, a busca da beleza esteve desde muito cedo estreitamente relacionada com regularidades numéricas e proporções.

Nesta apresentação proponho-me fazer uma breve viagem a esta busca, de Pitágoras aos nossos dias, com especial incidência no renascimento. Faço-o acompanhada por matemáticos e filósofos, mas sobretudo por aqueles que procuraram as suas concretizações nos tratados de arquitetura, especialmente Vitrúvio, Alberti e Palladio.

Por fim, salto ao século XX e retomo essa mesma questão com a ajuda de Le Corbusier, Hans van der Laan, Vera Spinadel, entre outros.

 

 

Sessão Janeiro 2019

15 de janeiro de 2019 | Anf. 6.1.36 | 16:30

“Perspectivas Esféricas e Anamorfoses Imersivas, ou a Curiosa Arte de Desenhar sobre a Esfera Visual”

António Araújo (Universidade Aberta)

Resumo:

Nesta palestra veremos como se pode desenhar em Perspectiva Esférica – com régua e compasso, ou mesmo “à mão” – imagens que capturam numa única folha tudo aquilo que nos rodeia. Estes desenhos podem por sua vez ser visualizados de forma imersiva usando o mesmo software de Realidade Virtual que permite visualizar fotografias “a 360 graus”

(http://www.univ-ab.pt/~aaraujo/equirectangular.html)

Veremos ainda que isto é apenas a encarnação mais recente de uma classe de ilusões visuais que têm tomado as mais diversas formas desde o Renascimento, com variadas técnicas e suportes, mas baseadas num mesmo princípio geométrico: a Anamorfose.

Discutiremos finalmente como esse princípio clarifica a natureza das perspectivas curvilíneas (e mesmo da clássica) enquanto objectos matemáticos.